Quando eu ataco, busco
Principalmente crianças para o luto.
E só há um algo que possa me combater:
É o desenvolvimento social.
Mas enquanto o mundo enxerga mal
Sou alimentada e destruo
Famílias numa tacada
Não importa se no Sertão
Nas Favelas ou em África
Deixo-os em pele e osso
E nem a cachorrada da TV Colosso
É capaz de fazer rir
Quem vasculha na lata de lixo
Bebe água de poço
E se esvai aos poucos
Minguando enquanto loucos
Insanos lhes tiram o direito
De se ter o alimento
Quando roubam o que não é seu
Para preencher seus cofres
E comprar peças de museus
Para enfeitar seus egos
E mostrar aos olhos de todos
Os cegos que não enxergam
Quem sou Eu.